sexta-feira, 27 de julho de 2012

Leitura pra Macho - Justiceiro Ano Um




O Leitura pra Macho tem a honra de apresentar um Especial de Dia dos Pais, so que não, já que o nosso protagonista, dessa vez, é um homem que perdeu sua mulher e filhos de maneira brutal (para se dizer o mínimo).



Tirando o pó de vários gibis que tenho, me deparei com algo que TEM de ser falado nessa coluna.
Justiceiro Ano Um, minissérie quinzenal em duas partes lançada em maio de 1996 (ficha técnica abaixo), retrata de maneira única e primordial o fato ocorrido para que Frank Castiglione se tornasse o Justiceiro.
A história tem um clima anos 80, talvez até 70 visto nos cabelos e roupas dos personagens. As expressões usadas por muitos também são marca registrada da época, e nem vou falar da tradução da editora que nos brinda com diálogos como "O que eles querem? Aqui é Nova Iorque! Não Chiquechique da Serra." (sim , tudo junto e com "CH"), mesmo com essas pataquadas, o gibi é algo para se venerar. Os roteiristas, cuidaram para que houvesse uma amarração junto ao Universo Marvel, introduzindo na mini o Dr. Miles Warren (Chacal, aliado de Frank nos primórdios) além de Peter Parker (onde Frank debutou). Aparecem ainda Joe Robertson e Betty Brant de lambuja amarrando de vez o personagem junto a cronologia Marvel.
A mini é algo de se ler numa sentada, mas já na segunda página, fica evidente o que os autores querem mostrar. O massacre da família Castle, bem como a execução da máfia, um Frank que é exímio soldado precisando de vários homens para segurá - lo, e um erro cometido por esta mesma máfia que irá assombrá - los por muitos anos ainda.
O fato é que quando Frank se cansa de tentar métodos politicamente corretos para levar os culpados pela morte de sua família a justiça, e, ainda por cima ter sua casa destruída num atentado contra sua vida num intuito de "queima de arquivo", ele se recolhe "lambe suas feridas" e se torna o Justiceiro, para nunca mais deixar de sê - lo.
A transformação é algo, ao mesmo tempo em que as imagens lembram filmes como Rambo, e Comando para Matar, a descrição que é dada através de uma gravação no seu diário de guerra, deixam claro que trata -se de um gibi de qualidade. Fico tentado a pôr a transcrição completa abaixo, mas não o farei no sentido de aguçar a curiosidade dos leitores, mas a frase que fica "martelando sua cabeça" deste momento em diante é: sic vis pacem para bellum ou, em bom português, se quiser paz, prepare - se para a guerra.

Esse é o mantra do Justiceiro e ele está pronto para encarar seu Waterloo. Há claro outras referências (procure por Castle num saco. Ele estava morto??!!), mas até então sem razões sobrenaturais, sem anjos (a não ser os desenhados por Dale na capa) e sem acordos demoníacos, temos a síntese do personagem, seu espírito brada no gibi.


Ficha Técnica
Roteiro: Dan Abnett e Andy Lanning
Desenhos: Dale Eaglesham
Arte final: Scott Koblish
Cores: Marie Javins/Electric Crayon/Colin Jorgensen/Justin Gabrie
Pintura de capas: Vince Evans

2 comentários:

  1. Muito show!!!
    quem curte Castle é leitura obrigatória, pra quem é indiferente é pra aprender a gostar e quem não curte nao sabe o que está perdendo...
    Parabéns Gordemônio, continue nos dando indicação de leitura!!

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    1. Obrigado Professor, com certeza estaremos enviando mais e mais sugestões de leitura.
      Abraço.

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