domingo, 8 de julho de 2012

Leitura pra Macho - BANNER



O Leitura pra Macho traz dessa vez uma história que poderia se dizer de terror, e talvez o seja, pois o protagonista é o Gigante Esmeralda da casa das Idéias.
Com roteiro e diálogos de Brian Azzarello (Cage) e desenhos de Richard Corben (Punisher The End), Banner é uma obra ímpar para se ter e ler, além de ser uma leitura diferente de tudo que já foi publicado (na época) em termos de material para o Verdão.
A história nos conta o que acontece quando Bruce se torna o Hulk, não só para ele, mas para os demais a sua volta.
É no deserto (habitat do Hulk) que esta história se passa, e tem até uma explicação de porque o Banner sempre volta para este mesmo lugar (além do óbvio que é, num caso de incidente Hulk, machucar/matar o mínimo de pessoas), e começa após um acesso de fúria do Hulk, logo temos: pessoas feridas, mortas, falta de água, eletricidade e comida, e o exército "ajudando" em massa.



Um dos pilares da série, é o Dr. Leonard Samson, que por mais de uma vez rouba a cena no gibi e mostra seu lado estrategista conseguindo entre outras coisas capturar Banner e trazê - lo de encontro ao famigerado General Ross.
Nos desenhos temos Corben matando a pau com sua arte "suja", e digna de ser comparável a Robert Crumb, e no roteiro Azzarello trás sua influência da concorrência para nos brindar com diálogos próprios dos participantes da saga, deixando claro que todos ali tem uma linha de pensamento em que a convergência trará o fim do monstro.
Temos então no gibi: o incidente, a briga, motivos da briga (e mais briga) e a conclusão, sendo que esta se dá de maneira surpreendente. 
Falando assim, temos um Leonard Samson que é vilão e um Banner que é herói/vítima, mas essas coisas mudam drasticamente na última parte do gibi, ouso dizer (para aguçar ainda mais a curosidade), nas últimas páginas.
Com tudo isso, imaginamos um gibi pesado e desprovido de qualquer humor, pelo contrário, embora não haja um humor escrachado, ele está lá, sutil, e a história, apesar de violenta, não é de todo pesada (ao menos no aspecto físico do gibi, já que no psicológico ela fica grudada na mente por mais tempo).
Banner não tem de ser lido por ser um gibi do Hulk, nem está nessa coluna por isso. Banner deve ser lido por ser um gibi que entra para a história do Gigante Esmeralda como uma das melhores histórias contadas deste personagem trazendo um aspecto novo e reviravoltas inteligentes quanto aos seus personagens.
Obviamente, fica claro a todo momento quem é o pior inimigo do Hulk de todos os tempos: BANNER!!
por Virgilio

Azarello surprendeu a todos com uma história com muito realismo... nos colocando a seguinte suposição: Banner não é um efeito colateral de uma bomba e sim ele é a propria arma de destruição em massa! Corben, com seus desenhos "diferentes" retratam o tanto obscuro que é a própria existência do Gigante Esmeralda...

Dentro da História foi Leonard Samson (apesar da cara de sonso) que me surpreendeu, mostrou ter culhões pra encarar o Verdão, além de sangue frio e até falta de escrúpulos pra alcançar seus intentos (mandando os helicópteros pra morte ou achando uma desculpa pra destruição)... ou seja mostrou que é macho (e meio)... O Verdão é explorado de forma coerente com seu poder de destruição alimentado por uma raiva descomunal além da culpa que Banner sempre carrega retratada através da tentativa de suicídio (que foi fenomenal) e o final surpreendente faz desse pequeno arco uma das melhores histórias do verdão em todos os tempos.
por Clailton


4 comentários:

  1. Engraçado ver essa postagem agora, sendo que comecei a leitura desse quadrinho fazem 10min.

    Ótima leitura, melhor ainda se acompanhada de bacon.

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    1. UAUAUAUAU
      valeu Dimmy, e tu pode não acreditar cara, mas temos a próxima resenha pronta falando de bacon inclusive...

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  2. Ótima resenha VIG! show de bola, de que ano era essa história mesmo? Acho que li... Abraços, Diemer!

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    1. Opa, 'brigadão Márcio. A história saiu no Brasil em dezembro de 2002, é bem provável que tenha lido ela sim, foi no começo da era Panini.
      Abraço.

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