Na semana do jubileu do Aracnídeo mais querido dos quadrinhos, pedimos licença para falar somente sobre ele (para desespero do Sato).
Venho hoje neste Leitura pra Macho com uma missão difícil, para não dizer impossível, falar sobre um absoluto (no sentido mais literal da palavra) clássico dos quadrinhos: A Última Caçada de Kraven.
Difícil por mais de um motivo, seja por ja terem falado muito e quase tudo a respeito, seja por terem com certeza feito um trabalho muito melhor que o meu fazendo isso. Autodepreciação a parte, muito já foi falado, e realmente o gibi é bom e único, pois temos 140/148 (dependendo da versão que você for ler) páginas de um Homem Aranha sombrio, sem piadinhas, enfrentando um Kraven consumido pela loucura. Imaginem jogar o Recruta Zero no dia D, é mais ou menos isso que DeMatteis, Zeck e McLeod fazem com o "amigão da vizinhança".
Temos nos quesitos vilões, a aparição de Kraven (como o próprio nome da mini sugere dããã), e de Ratus, que por mais de uma vez rouba a cena sem muito esforço, temos a mocinha Mary Jane e o próprio Aranha trajando sua veste negra, algo que foi e voltou várias vezes dos anos 80 até hoje. O uniforme e o período vivido pelo personagem então é sombrio, tal qual os desenhos da mini que não trazem riqueza na palheta de cores, propositalmente acredito eu por se tratar de algo macabro.
O que pouca gente falou até hoje, foi que (eu por exemplo acho, ou estou com o chimarrão batizado como dizem os colegas) alguns autores beberam da fonte dessa mini. Straczynski quando fez uma releitura dos poderes de Peter deixando sua origem totêmica e trazendo personagens como Ezequiel se baseou um pouco nesta obra, pois Kraven a todo momento caçou a Aranha, e quem lhe deteve foi o Homem.
O gibi tem seu maior mérito (na minha opinião), na construção de seu momento fatídico que se dá no quinto e antepenúltimo ato, até chegar lá, é construída uma teia de tamanha tensão em volta dos personagens que não poderia culminar de forma diferente (algo que há muito tempo não vemos nos gibis), e que foi copiado descaradamente por exemplo na saga Diabo da Guarda do Demolidor (breve aqui no LpM) mas de uma forma totalmente nova. Kraven é e sempre foi um dos inimigos mais respeitados do Cabeça de Teia, e numa época onde matar personagens era mais exceção que regra, sua morte foi impactante de uma maneira que ecoa (como provado até pela cópia de seu final) até hoje nas HQ's.
Desespero meu? Tão engraçado que me deu câncer....kkkkkkkk...mas fora isso, ótima postagem.
ResponderExcluirValeu Satito, saiba que como piadista você tb é ótimo desenhista...
Excluir:-)
Recruta Zero no dia D ahauhauhauahuahuahauhauhauahuahuahuahuahau
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